Um estudo recente da Folha de São Paulo revelou uma situação preocupante para as praias brasileiras: a qualidade da água está em declínio e atingiu o pior nível desde 2016. De todos os 1.361 pontos do litoral brasileiro que disponibilizaram dados sobre balneabilidade em 2024, só 416 foram considerados bons o ano todo (30,6%). Outros 447 foram avaliados como ruins ou péssimos (32,8%) e 416 regulares (30,6%). Há ainda 82 pontos sem medição (6%).
A análise dos dados demonstra uma tendência alarmante de deterioração da qualidade da água, com um decréscimo significativo na porcentagem de praias próprias para banho ao longo dos últimos anos. Em 2016, esse índice era de 44%, evidenciando uma queda de 14% em apenas oito anos.
Para ser considerada própria para banho, a água da praia não pode apresentar mais de 1.000 coliformes fecais a cada 100 ml. Esses valores devem ser apresentados tanto na semana da análise quanto nas quatro semanas anteriores.
A principal causa desse problema é a poluição causada pelo despejo de esgoto não tratado nos rios e no mar. Essa prática contamina a água com bactérias e outros microrganismos, colocando em risco a saúde dos banhistas e comprometendo o ecossistema marinho.
As consequências da má qualidade da água nas praias são diversas e podem afetar a saúde de várias formas. O contato com água contaminada pode causar doenças de pele, como micoses e feridas, além de problemas gastrointestinais, respiratórios e oculares.
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